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quarta-feira, 11 de setembro de 2013
terça-feira, 3 de setembro de 2013
TEXTO: A BELEZA DO SENHOR DAS PEDRAS
*Publicado na Revista Todos a Bordo
Normalmente encontrado em águas
rasas, como manguezais e áreas costeiras, o Mero chama atenção pelo porte e
beleza. O Senhor das Pedras, como também é conhecido, teve sua pesca proibida
no Brasil em 2002 sob risco de extinção, já que é um peixe considerado
vulnerável, dócil e de fácil captura.
De acordo com Fernando Pandolpho
Ferreira, que pratica a pesca submarina desde 1975 e já capturou belos
exemplares do peixe, o Mero impressiona pelo tamanho, já que pode pesar até 450
kg e medir mais de dois metros. “Comecei a pescar nos costões da Ilha do Boi e
Ilha do Frade, mas nessa época o que mais pescávamos eram lagostas.
Praticamente não víamos os Meros na água, somente nas peixarias quando íamos
para Guarapari, e eles já chamavam muito atenção de todos pelo tamanho anormal.
Em 1987, vi um mergulhador capturando um Mero nas Três Ilhas, achei o máximo e
quis fazer o mesmo. Observei os períodos de maior incidência deles e, em
fevereiro de 1988, capturei um com 202 kg. O maior que pesquei foi um de 220
kg, em 1995, e outros acima de 100 kg sempre nos mesmos lugares”, relembra.
A preservação dos Meros é tida
como de grande importância para o meio ambiente. Esses peixes vivem cerca de 40
anos, crescem devagar e demoram a iniciar atividade reprodutiva. Quando se
retira um animal tão grande do mar, o papel que este representava no ambiente
demora para ser novamente exercido por outro peixe. Isto significa que aquele
indivíduo vai fazer muita falta dentro do ambiente.
“Felizmente, seguindo o exemplo
dos EUA, o Brasil optou pela preservação do Mero. Hoje sabemos que,
economicamente, ele vale muito mais vivo do que morto. Isso porque, devido ao
seu comportamento dócil, permite a aproximação dos mergulhadores. A ocorrência
em águas rasas, com até 100 metros de profundidade, é um bom atrativo para quem
quiser fotografá-los, promovendo, assim, o turismo submarino”, comemora
Fernando.
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